The Day - 2011


Embora se passe num ambiente pós-apocalíptico, o filme The Day, de Douglas Aarniokoski (Animals, 2008), traz poucas informações para o público. Não há menção a uma guerra nuclear, queda de meteoro ou doença que possa ter sido as causas para o clima devasto do longa. Sabe-se apenas que há predadores, famintos por sangue, e que os rastros podem levar facilmente aos inimigos ou denunciar sua presença. A partir de um roteiro de Luke Passmore (do curta "Bad Blood Days", 2008), o longa ganhou  força em suas exibições em 2011 devido ao elenco conhecido dos fãs do gênero, uma equipe composta por rostos vistos em filmes recentes de terror.


Um dos personagens principais é Adam (Shawn Ashmore, de "Pânico na Neve"), que perdeu a esposa e a filha para os canibais que habitam o novo mundo. Ele está ao lado de outros sobreviventes como a egocêntrica Shannon (Shannyn Sossamon, de "Uma Chamada Perdida" e "Catacumbas"), o doente Henson (Cory Hardrict, de "Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles" e "Driftwood"), o líder Rick (Dominic Monaghan, da série "Lost") e a silenciosa Mary (Ashley Bell, de "O Último Exorcismo"). Após caminhar por horas, sob uma atmosfera granulada, o grupo invade uma casa de campo em busca de abrigo.

A velha casa parece isolada. Não há corpos - justificados pelo canibalismo - ou sinais de vida, um lugar adequado para passarem à noite, enquanto uma chuva forte se aproxima. O tempo todo há a afirmação sobre "eles" em relação aos inimigos que podem chegar a qualquer momento não sendo definidos como zumbis, vampiros ou criaturas. Segundo o IMDB, a intenção original era usar zumbis como vilões, algo que seria apenas a repetição de uma fórmula usada à exaustão; aqui os vilões são como vampiros, andam em grupos, possuem marcas e há também uma transformação mais ou menos mencionada. Esqueça os dentes pontiagudos e a cruz...eles morrem como os humanos, não fogem do sol e não brilham.


Após um momento de descanso, regado a um banho de chuva e algumas informações que servem para tornar os personagens mais reais, alguns acabam disparando o alarme de uma armadilha colocada no porão, junto da comida. Logo o local irá atrair uma gangue, um dos integrantes irá se revelar como membro do clã e a porrada vai rolar solta numa luta sangrenta pela sobrevivência, com momentos que irão remeter a outros filmes como A Noite dos Mortos-Vivos, quando a casa de campo for a única segurança.


The Day não traz novidades e nem será sempre lembrado pelos fãs de filmes pós-apocalípticos. Ainda assim é um bom filme, tendo como força o seu elenco de jovens talentosos e a claustrofobia imposta pela situação extrema. Possui uma bela fotografia, por Boris Mojsovski (Nurse 3-D), e uma ótima direção de arte (Shane Boucher, de "A Última Casa da Rua"), porém peca na trilha incidental em certos momentos dos confrontos. Talvez combinasse melhor com filmes de ação, soando artificial nas batalhas sangrentas.

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