Com o sucesso do primeiro Subspecies, Charles Band logo encomendou a Ted Nicolau, uma sequencia . E com o sucesso dela , logo saiu a terceira parte. Como as duas sequencias possuem o mesmo elenco e parecem terem sido filmadas em conjunto, pois até o começo de cada filme é no exato momento onde acabou o anterior , vou analisá-los em conjunto.

As duas sequencias perdem em comparação ao original. Falta a atmosfera do primeiro, aqui minimizada principalmente pelo uso de uma trilha inferior a do primeiro filme. Os momentos lentos que no original eram sempre envolventes … aqui são, algumas vezes monótonos.
Com relação ao elenco há uma alteração: Michelle é interpetada por Denice Duff (que parece, de rosto, uma versão mais jovem de Monica Belucci) ao invés de Laura Mae Tate, a intérprete original. A nova atriz é mais expressiva do que a anterior e trouxe mais personalidade a personagem. Já a intérprete de sua irmã Rebecca , Melanie Shatner, apesar de bela, é totalmente inexpressiva. Outro ponto que não funciona muito bem nos filmes é o personagem do Detetive Marin. Incluido no roteiro como alívio cômico, Marin só funciona em suas primeiras aparições (como na ótima piada sobre a serie inglesa Perry Mason), depois se tornando chato e sem graça. Radu , por sua vez, continua fazendo mil caretas e sendo o mesmo vampiro Freak do original . E as referencias a Nosferatu continuam, como Radu se movimentar em forma de sombras, sobre as paredes . Inclusive a sequência em que Radu ensina esta técnica a Michelle, é ótima, com eles se alimentando do sangue de um garçom. Todo o dilema de Michelle entre ser uma vampira e se alimentar como tal é bem desenvolvido, lembrando um pouco o dilema parecido vivido pelo vampiro Louis de Entrevista com o Vampiro, porém não seria correto dizer que se trata de um plágio, pois, o filme com Brad Pitt é de 1994 e Subspecies II que começa a mostrar o drama de Michelle é do ano anterior.
Por outro lado, o roteiro perde força ao ignorar completamente seu amor por Stefan, que é morto por Radu logo no começo do segundo filme, e a partir daí , se ignora completamente a importância do personagem no primeiro filme. Michelle age como se Stefan nunca tivesse representado nada pra ela , o que é incoerente com o que foi mostrado no primeiro filme.
Outra novidade é que temos a presença de um novo e interessante personagem, a mãe de Radu, uma Bruxa-Zumbi, que mais parece uma fugitiva do elenco do filme italiano Burial Ground. Mentora e cúmplice de Radu, a mãe traz bons e divertidos momentos ao filme, como o arremesso da faca por telecinese no terceiro .
O maior desperdício dessa Franquia é explorar mal a ideia mais original que possui, a dos demônios que nascem a partir de pedaços do corpo de Radu, que só aparecem no começo do segundo e na conclusão do terceiro. É uma pena pois os pequenos seres poderiam render alguns momentos interessantes na franquia.
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