
Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns soldados alemães são
surpreendidos e mortos numa emboscada feita por um grupo de resistência
formado por moradores de uma pequena cidade francesa. Sem tempo para
enterrar os corpos, eles são abandonados e jogados num lago. Alguns anos
mais tarde, a cidade e seu prefeito (Howard Vernon) têm que enfrentar o
mistério envolvendo brutais assassinatos que estão acontecendo na
região, e a suposta ligação dessas ocorrências com zumbis que estão à
espreita nas profundezas do lago.

Numa co-produção entre França e Espanha através da Eurociné, “O
Lago dos Zumbis” (Zombie Lake / Le Lac des Morts Vivants, 1981) é
dirigido pelo francês Jean Rollin (1938 / 2010), sob o pseudônimo de J.
A. Laser, e escrito pelo espanhol Jesus Franco (creditado como A. L.
Mariaux), em parceria com Julián Esteban. O filme é uma daquelas
tranqueiras repletas de cenas absurdas, atores péssimos (exceto pelo
veterano Howard Vernon, de “O Terrível Dr. Orloff” e “A Queda da Casa de
Usher”, entre outros), efeitos fuleiros com maquiagens toscas, erros
colossais de continuidade e excesso de furos no roteiro, numa história
com ideia central até que interessante, mas muito mal explorada.

“O Lago dos Zumbis” é extremamente ruim, filmado às pressas e
sem interesse em manter alguma coerência nas ações e eventos, mas a
falta de qualidade parece também ser resultado em parte devido ao
orçamento minúsculo disponível para a produção. Porém, a somatória
desses fatores, juntamente com as várias cenas de mulheres nuas servindo
de vítimas para os zumbis, confere ao filme uma atmosfera de
curiosidade, chamando a atenção e sendo recomendado para os apreciadores
de filmes ruins e do cinema de horror bagaceiro.

Entre a imensa quantidade de situações ridículas, podemos citar
a maquiagem verde dos zumbis; a incrivelmente patética e fora de
contexto relação de “amor familiar” entre um zumbi e sua filha Helena
(Anouchka, filha do produtor Daniel Lesoeur), que é uma das piores
atrizes crianças de todos os tempos; a bisonha briga de faca entre dois
mortos-vivos; a procissão de moradores do vilarejo carregando uma mulher
morta até a casa do prefeito, com a reação fria e hilária do pai da
vítima; as cenas aquáticas de ataque dos zumbis, que deveriam ser num
lago e são nitidamente filmadas numa piscina; a inexistência de polícia
na vila, e ainda quando surgem dois policiais (um deles é “interpretado”
pelo próprio diretor Jean Rollin e o outro é feito pelo experiente
Antonio Mayans), a imensa incompetência não permite mantê-los em cena
além de poucos minutos, virando comida dos zumbis; etc...
O filme foi lançado em DVD no Brasil pela “Vinny Filmes”, na coleção “Clássicos do Terror”.
“O Lago dos Zumbis” (Zombie Lake / Le Lac des Morts Vivants, França / Espanha, 1981) # 578 – data: 26/08/12
O filme foi lançado em DVD no Brasil pela “Vinny Filmes”, na coleção “Clássicos do Terror”.
“O Lago dos Zumbis” (Zombie Lake / Le Lac des Morts Vivants, França / Espanha, 1981) # 578 – data: 26/08/12
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