
Dracula de Bran Stoker ganhou
mais uma adaptação para o Cinema e desta vez foi o diretor italiano
Dario Argento quem arriscou a empreitada para representar o "Rei dos
Não-Mortos". Dario e velho conhecido do cinema de terror italiano,
veterano do estilo Giallo, um tipo peculiar de filme que mistura sangue,
violência e umas pitadinhas de sexo mas de forma bem discreta. A obra e
uma das mais adaptadas para o cinema e já foram feitos quase todas as
abordagens e adaptações possíveis e imagináveis, mas como Dracula é um
fenômeno único naquilo que representa, nunca é possível de esgotar-se
as formas de como podemos interpretar essa obra.

Dario Argentum apostou nisso e
parece que o resultado foi um filme cheio de simbolismos ocultos do
Vampirismo com aquele suspense típico das películas do mestre
italiano. Quase todos os seus outros filmes possuem esta mesma
característica, a sequência de suspense quase arrebatadora que sempre
culmina em uma cena mais violenta . Achei que esse Dracula parece um
pouco com o adaptado por Copolla em alguns aspectos. Por exemplo, na
maneira de como o vampiro se transforma em outros seres e o que também
achei inédito foi ter mostrado que o Vampiro pode muito bem se
transformar também em uma coruja (a coruja é o Simbolo de Lilith, a Mãe
de todos os vampiros). Outra coisa interessante no Dracula de Dario
Argento foi a vestimenta do vampiro totalmente inspirado no Nosferatu de
Murnau. O Castelo bem escolhido com cenários medievais completou a obra
e deu uma dinâmica justa naquela cena tradicional descrita por Bram
Stoker em que Dracula anda como uma lagartixa sobre as paredes de pedra
da Torre de um arruinado castelo encravado no cume de um grande abismo.

Não é necessário descrever o
filme cena por cena, pois eu sempre acho cansativo e além disso os que
ainda não viram o mesmo perdem o encanto de assistir. As adaptações de
Dracula não fogem muito a regra e quase todos que adoram e curtem filmes
de vampiros já devem ter lido pelo menos uma vez na vida o Livro
Dracula. Eu mesmo tenho o costume de ver inúmeras vezes o mesmo filme. O
problema é que nem sempre o tempo está ajustado para essa empreitada
devido à outras tarefas do meu dia-a-dia.

Recentemente o cinema mundial
seja ele alternativo, underground ou tradicional vem readaptando muitas
obras e personagens de terror, como O Lobisomem, Elizabeth Bathory,
Dorian Gray, Frankenstein, Alienígenas e Zumbis, além de muitos outros e
Dracula não poderia passar sem ser readaptado com os recursos
maravilhosos do Cinema Contemporâneo e seus meios tecnológicos
perfeitos para recriar cenários e efeitos visuais muito exitantes ao
gosto de cada expectador. Dario Argento apostou nestes novos efeitos
visuais e destes recursos e conseguiu fazer um filme diferente,
quebrando um pouco aquele tabu de que seus filmes tem por obrigação de
serem sempre do mesmo jeito. O Rei dos Desmortos ganhou um novo
semblante, jovial e alinhado ao estilo Matrix: urbano, violento,
aristocrático e sanguinário como devem ser todos os vampiros. Acho que o
Mestre acertou em cheio em deixar para a posteridade uma película
dirigida por ele com a marca inapagável da Historia do Cinema e da
Literatura do Vampiro Imortal, Conde Dracula, imagem grotesca de um
personagem vivo, notívago e imortal.





































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