Drácula - O Príncipe das Trevas (1966)


A Hammer foi uma produtora inglesa que se especializou em filmes B de terror. Fundada nos anos 40, a produtora produziu vários clássicos do gênero e lançou alguns dos mais importantes astros do cinema de Horror, como Vincent Price, Peter Cushing e Christopher Lee. Esse último começou a trabalhar na Hammer no meio da década de 50, mas só alcançou o estrelato na década seguinte, encarnando o personagem Drácula numa série de filmes. Depois de abandonar o personagem, Lee ainda faria alguns papéis memoráveis, como no clássico setentista O Homem De Palha (cujo remake eu analisei na última resenha). Recentemente lee apareceu nas trilogias Senhor Dos Anéis e Star Wars em papéis importantes.


Anteontem assisti a Drácula - O Príncipe das Trevas, um dos filmes dessa franquia. O filme conta a história de dois casais de turistas que resolvem visitar uma pequena cidade. Ao chegar na cidade vão até uma pequena taverna, beber e descansar. Lá encontram um padre, que os recebe simpaticamente. Ao dizerem que pretendem visitar uma região do lugarejo que tem fama da "maldita" , o padre os aconselha a não irem (até parece que nunca vimos isso antes em outros milhares de filmes de terror). Ignorando o conselho do padre por achar que se trata de reles superstição, eles vão. Ao chegar lá, se deparam com um sombrio castelo, e resolvem entrar. Já dentro, eles são recebidos por um sinistro mordomo, que diz que o seu patrão faleceu, e deixou ordems para que os hóspedes fossem bem tratados (?). Ele serve o jantar e depois os leva aos quartos para repousarem. Apesar de acharem o lugar estranho, eles resolvem pernoitar. Acabam descobrindo, da pior maneira possível, que o Conde Drácula, dono do castelo, não está tão morto assim...


Despretensioso e correto, o filme é um entretenimento eficaz, e nada além disso. Com um roteiro simples, interpretações competentes (coisa cada vez mais rara nos filmes do gênero), uma boa direção de arte, e uma direção segura, o filme cumpre o seu papel, e só. Não existe nenhum momento antológico ou acima da média. O que de fato vale o filme, é ver o sempre brilhante Lee, no papel do "pai de todos os vampiros". Mesmo sem nenhuma fala, Lee dá um ar sombrio e singular ao personagem, numa atuação memorável. Não é a tôa que Tim Burton, George Lucas e Peter Jackson são tão fãs do cara.


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