Niku Daruma - 1998

Escrito e dirigido por Tamakichi (Anal) Anaru, Niku Daruma (cuja tradução seria algo como “boneca de carne”) é um dos mais doentios filmes que já tive o “prazer” de assistir. Lançado em vídeo no ano de 1998 com o nome estadunidense de Tumbling Doll of Flesh, o filme é mostrado quase inteiramente através de uma câmera estacionária e uma handcam, bastante utilizada em filmagens caseiras. Na trama conhecemos uma mulher chamada Kana (Kanako Ooba) e um homem chamado Kiku (Kikurin), ambos contratados para estrelar um filme pornô amador para a indústria de entretenimento adulto em vídeo. Tudo vai às mil maravilhas nas filmagens, mas enquanto o pornô progride o diretor (Tamakichi Anaru) e o cameraman (Yuuji Kitano) decidem incorporar elementos de BDSM, como bandagem nos seios, penetrações múltiplas com consolos, cera quente, flagelação e até um enema. Desconfortável com a forma em que o filme caminha a atriz decide abandonar as filmagens, o que leva a equipe a imobilizar a garota, dopando-a e a amarrando na cama. O que vem a seguir é um carrossel de violência misógina brutal e explícita…
Enquanto Kiku estupra a garota semiconsciente, o diretor amputa a perna esquerda de Kana com um cutelo, enquanto mutila sua língua com uma faca, um descascador de batatas e uma tesoura para fazê-la parar de gritar. Quando Kana finalmente desmaia de dor os “produtores” ainda injetam drogas para acordá-la e mantê-la consciente durante o resto das filmagens. Então ela tem seus membros amputados em pleno ato sexual enquanto Kiku é direcionado pelo diretor a ter relações sexuais com as feridas e entranhas da vítima. Atormentado pela cena dantesca, Kiku acelera os movimentos em sua “performance” e ejacula um jato de sêmen carregado de sangue nos seios da garota. Quando menos se espera é golpeado com um cutelo na cabeça pelo diretor e, após ser castrado recebe alguns closes do cinegrafista que continua a filmar os corpos mutilados de suas duas estrelas enquanto o diretor telefona para os “clientes” sobre como e onde será a entrega do material.
Apesar de alguns erros básicos (que ocorrem normalmente nas produções underground em geral), Niku Daruma foi referido como “um dos materiais cinematográficos mais doentes já filmados” pela The Movies Made Me Do It, o que lhe deu um nove em cada dez, apenas criticando alguns dos efeitos especiais. A Severed Cinema disse que “a maior parte deste filme é muito chato, mas ao mesmo tempo em que se faltava enredo e conteúdo com certeza compensavam seu valor em choque e sangue“.
Em suma, Niku Daruma é, sem dúvida, a mais perturbadora e enjoada experiência de cinema extremo que você terá. Sem blá-blá-blá e confetes não têm quaisquer características redentoras discerníveis que sejam. Cru, violento e claustrofóbico, não possui nenhuma pretensão de ser nada além do que ele é; um deleite obsceno para os espíritos inquietos.

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