
O
filme “Macumba Love” é um prato cheio para os amantes de filmes trash –
e para quem quer dar boas risadas. Dirigido por Douglas Fowley e
filmado (pasme!) na praia do Guarujá, no litoral paulista, o filme é uma
co-produção brasileira e norte-americana, cuja trama mirabolante gira
em torno de rituais vodu, macumba e…romance! Estrelado por Walter Reed,
William Wellman Jr, June Wilkinson, trazia a brasileira Ruth de Souza no
papel de uma satânica sacerdotisa que praticava cultos voodoo.
A trama conta as aventuras do

escritor
norte-americano Peter Weils (Reed), que passa as férias na fictícia
ilha sul-americana de Vênus para escrever um livro sobre vodu. Sua
companheira de diversão é Vênus de Viasa (a belíssima Ziva Roddan), uma
norte-americana criada na ilha que se diverte seduzindo os homens sob o
pretexto de que a promiscuidade dos habitantes já estaria "colada à sua
pele". Totalmente envolvidos com os mistérios da ilha, Peter e Viasa
caem nas garras de Mama Rata Loi (
Ruth de Souza) uma perigosa Rainha Vodu.

Para
o herói, o vodu não passa de algum tipo de hipnose feita em pessoas
altamente sugestionáveis. Assim, ele decide acabar com a festa dos
nativos e enfrentar a tal rainha do vodu – ao mesmo tempo em que flerta
com a bonitona Venus de Viasa (
Ziva Rodann) e lida com sua filha recém-chegada e casada (a voluptuosa
June Wilkinson).
Um tanto racista e extremamente sensacionalista, "Macumba Love" revelou
na época um imaginário bastante negativo formado nos países do primeiro
mundo acerca da vida sexual dos povos dos trópicos, das religiões
indígenas e africanas, da natureza selvagem e de seus homens igualmente
"selvagens", mas também é curioso observar que, mesmo não havendo, no
Brasil da época, uma ficção de horror cinematográfica consolidada (o que
acabaria acontecendo de maneira precária a partir dos anos 1960), nosso
país já era alvo de um imaginário estrangeiro que, em algum momento,
necessitaria de uma versão local.
Outra coisa também digna de

nota
é a apresentação do trailer do filme. No video abaixo você poderá se
estressar com o mesmo grito feminino que desponta exaustivamente, mas a
citação inicial do locutor que pede que "
façamos cinco segundos de silêncio em memória das almas dos que morreram ao assistir este filme"
é hilária e quase nos faz esquecer que ainda somos reconhecidos lá fora
como selvagens pré-históricos e um paraíso para cineastas picaretas que
proclamam que filmes "extremos" assim só podem ser feitos na América do
Sul, onde a vida é barata, hehehehehehe...
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