
A história centra-se em um grupo
de pastores de renas cujo Natal é perturbado por escavações na montanha
Korvatunturi patrocinada pela multinacional norte-americana Subzero
Inc.. Um misterioso milionário contratou uma equipe de escavadores para
descobrir no interior da montanha "o maior cemitério do mundo". Depois de dias detonando explosivos, a equipe descobre uma gigantesca caverna que logo é reconhecida pelos peritos como um "túmulo sagrado".
No entanto, mesmo aprisionado em um gigantesco bloco de gelo o ocupante
do túmulo ainda está vivo. Os exploradores então retiram o bloco de
gelo e o trancam num galpão até a sua exportação.
Curiosamente, as renas que eram
importantes para a população local aparecem todas misteriosamente
semi-devoradas. Todos culpam os exploradores pela migração de animais
predadores que viviam na montanha e começam a preparar armadilhas até
que as crianças e alguns suprimentos começam a desaparecer da cidade. O
pânico começa a tomar conta do vilarejo e somente um pequeno garoto,
Pietari Kontio (Onni Tommila) sabe a verdadeira razão dos fatos: Papai Noel está vivo e tem muita fome!

O xerife local (interpretado por Risto Salmi) é avisado e quando Rauno Kontio (Jorma Tommila),
um dos pastores, resolve investigar uma de suas armadilhas descobre que
acabou por capturar o verdadeiro Papai Noel, um ser sobrenatural que,
ao invés de presentear as crianças boas, pune os desobedientes com a
morte. Rauno e seu filho Pietari planejam vendê-lo para o milionário
para que este possa cobrir os prejuízos causados pela sua escavação e
junto com seu amigo tradutor Aimo (Tommi Korpela)
preparam o “bom velhinho” para a entrega até descobrir que o próprio
não se trata do velho Noel e sim de um de seus duendes-ajudantes (velhinhos pelados que chegam às centenas!)
seres canibais que roubavam pelo vilarejo eletro-domésticos como
aquecedores e fogões para libertar seu mestre e seqüestravam crianças
para que o monstro natalino pudesse castigá-las. Cabe então à família de
Rauno e alguns amigos evitarem que este mal ancestral volte a castigar a
Humanidade.
De certa forma, “Rare Exports: A Christmas Tale” funciona como uma espécie de prequel (para quem já assistiu os curtas!)
e conta com uma produção mais trabalhada que a de seus antecessores.
Outro ponto forte da produção é o bom humor (negro) especificamente
falando sobre a cena em que o patrocinador das escavações pede para que o
capataz distribua aos trabalhadores das escavações pequenos folhetos
onde existem normas a se cumprir caso a “encomenda” escape.
As normas são as seguintes:
“Não beba.”
“Não fume.”
“Não amaldiçoe.”
“Não fique vadiando.”
“Não corra por aí.”
“Não responda aos mais velhos.”
Todos os ajudantes riem aos
montes, mas logo a alegria logo acaba quando toda uma equipe de
carregadores aparece desmembrada em questão de segundos por causa de um
simples palavrão...
Outra parte também digna de nota (esta somente para os chatos de plantão assim como eu!) é sobre alguns erros de continuidade. Em uma das cenas finais o pequeno Pietari está pendurado numa rede (com as mãos limpas)
que está sendo carregada por um helicóptero. O plano era trazer as
crianças seqüestradas como iscas para chamar a atenção do exército de
duendes para longe do galpão. O problema é que o garoto aparece
repentinamente usando luvas no meio do trajeto. Outro “piolho” é
visualizado quando o chapéu de Rauno é arrancado de sua cabeça após a
explosão do galpão, mas este também reaparece no mesmo lugar como num
passe de mágica.

“Rare Exports: a Christmas
Tale”, já arrecadou prêmios em festivais do gênero terror e fantástico
como Locamo na Suiça e Sitges na Catalunha em 2011 e prova que não é só
de remakes e copiões que se vive a verdadeira empresa cinematográfica.
FICHA TÉCNICA
Título: Rare Exports: A Christmas Tale
Ano: 2010
País: Finlândia
Direção: Jalmari Helander
Produção: Petri Jokiranta
Roteiro: Jalmari Helander
Elenco:
Tommi Korpela
Per Christian Ellefsen
Jorma Tommila
Jonathan Hutchings
Onni Tommila
Peeter Jakobi
Ilmari Jarvenpaa
Rauno Juvonen
Música: Juri Seppä e Miska Seppä
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