CAROS LEITORES: Por
meio deste post vou apresentar aos leitores do site Gore Boulevard um
pouco mais sobre o homem por detrás do personagem mais conhecido da
cultura de horror nacional, o Zé do Caixão e de certa forma será também
minha homenagem (um tanto atrasada, rs) pelo aniversário deste que
representa toda a cultura alternativa de horror do nosso país.
José Mojica Marins é cineasta, ator, roteirista de cinema e
televisão brasileiros. Mojica desenvolveu um estilo próprio de filmar
que, inicialmente desprezado pela crítica nacional, passou a ser
reverenciado após seus filmes começarem a ser considerados cult no
circuito internacional.
Em todos seus filmes, com exceção de Encarnação do Demônio,
José Mojica Marins foi dublado. Na década de 1960, diversos filmes
nacionais necessitavam serem dublados, por diversas razões: nitidez de
som nas externas e até realçar uma melhor interpretação. Algumas vezes o
próprio ator dublava o seu personagem, mas em outras ocasiões
necessitava de um profissional qualificado para um melhor desempenho. Na
Odil Fono Brasil, lhe mostraram vários filmes, para que escolhesse um
dublador. Mojica ficou particularmente impressionado com a voz usada
para dublar o ator italiano Mario Carotemito: a voz de Laercio Laurelli.
Laurelli fez a voz de Zé do Caixão em À Meia-Noite Levarei Sua Alma,
Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver e O Estranho Mundo de Zé do Caixão;
enquanto O Ritual dos Sádicos, Finis Hominis, Quando os Deuses
Adormecem foram dublados por Araken Saldanha, na AIC; já Exorcismo Negro
e Delírios de um Anormal tiveram a voz de João Paulo Ramalho, também na
AIC.
O Início
Nascido em uma fazenda pertencente à fábrica de cigarros
Caruso, na Vila Mariana, em São Paulo, Brasil, filho de artistas
circenses de origem espanhola, Antônio André e Carmen Marins, José
Mojica Marins ainda criança, passava horas lendo gibis, assistindo a
filmes na sala de projeção do Cinema em que seu pai trabalhava, brincava
de teatro de bonecos e montava peças com fantasias feitas de papelão e
tecido. Quando tinha 3 anos, a família de Mojica veio a se mudar para os
fundos de um cinema na Vila Anastácio. O pai de Mojica passou a ser
gerente do cinema.
Depois que ganhou uma Câmera V-8, aos 12 anos, não mais parou
de fazer cinema, essa era a sua vida. Muitos de seus filmes artesanais
feitos nessa época eram exibidos em cidades pequenas, cobrindo assim os
custos de produção. Autodidata, montou uma escola de interpretação para
amigos e vizinhos e quando tinha 17 anos, depois de vários filmes
amadores, fundou com ajuda de amigos, a Companhia Cinematográfica Atlas.
Especializado em terror escatológico, criou uma escola de atores
(1956), onde na década seguinte, montaria uma sinagoga (1964), no bairro
de Brás, onde fazia experiências com atores amadores, usando insetos
para medir sua coragem.
Anos 50: Começo da carreira profissional
Depois da fundação de sua escola, a carreira profissional de
Mojica Marins passou a ficar cada mais mais próxima. Mojica Marins
tentou realizar o filme Sentença de Deus por três vezes e o filme acabou
como inacabado. Semiprofissional, o filme Sentença de Deus é
experimental no sentido mais genuíno e revela os primeiros passos de
José Mojica Marins na arte do cinema.
Em 1958, veio a ser concluído A Sina do Aventureiro, em lente
75 mm, com apenas duas pessoas que não eram da escola de atores de
Mojica Marins, mas que depois vieram a ter aulas, Ruth Ferreira e a
Shirley Alvez. A Sina do Aventureiro é um faroeste caboclo (ou “western
feijoada”, na definição do pesquisador Rodrigo Pereira), vertente
prolífica, mas desprezada pela historiografia clássica do cinema
brasileiro. Insere-se, portanto, na tradição mais ampla dos filmes
rurais de aventura, território que compreende nomes tão heterogêneos
quanto significativos como E. C. Kerrigan, Amilar Alves, Luiz de Barros,
Humberto Mauro, Eurides Ramos, Antoninho Hossri, Victor Lima Barreto,
Carlos Coimbra, Wilson Silva, Osvaldo de Oliveira, Reynaldo Paes de
Barros, Edward Freund, Ozualdo Candeias, Tony Vieira e Rubens Prado.
Para lançar o filme A sina do aventureiro, Mojica Marins
contou com a ajuda dos irmãos Valancy, que eram proprietários do Cine
Coral, em São Paulo, aonde o filme permaneceu em cartaz por muito tempo.
O realizador do filme, Mojica Marins explicou, posteriormente, como foi
o sucesso do filme.
"Para fazer sucesso, eu usei um
estratagema, porque já era difícil você entrar uma semana, e ficar três
semanas em cartaz num cinema era mais difícil ainda. O que eu fiz? Eu
pegava os meus alunos, numa época em que os cinemas tinham fila, e
dividia um grupo de alunos numa fila, outro grupo em outra e mais outra.
Todos eram atores, né? Então ficavam todos no meio da fila e diziam:
“Pô, a gente perdendo tempo nessa fila, passando uma fita tão boa no
Cine Coral!”. Com isso, eles saíam de lá e levavam o pessoal da fila. E
ia todo mundo para o Cine Coral. A fita foi muito bem nas capitais.
Estourou em Salvador, em Porto Alegre. Porque ela tem uma miscelânea de
Nordeste, de roupa nordestina com roupa gaúcha, com roupa americana. Eu
misturo tudo, tem uma miscelânea. No final, tem uma curiosidade: a fita
realmente agradou, só não agradou aos padres. Aí eu tive uma desavença
com os padres que me acompanharia a vida toda".
Depois de aceitar a proposta de Augusto de Cervantes, de fazer
um filme que agradasse aos padres, Mojica Marins criou a história de
Meu Destino em Tuas Mãos e procurou Ozualdo Candeias para fazer o
roteiro - que não foi creditado. As tragédias familiares são
apresentadas pelo cineasta com requintes de maldade, temperados por
aquele neo-realismo involuntário das produções sem dinheiro. A direção
de Mojica deixou o filme ainda mais cru e violento.
O filme conta o drama de cinco crianças pobres que vivem
infelizes com suas respectivas famílias. Cansados de abuso e desprezo,
os amigos fogem de casa e saem pelas estradas, acompanhados do violão e
da cantoria de Carlito (vivido por Franquito), o mais velho deles. O
jovem Franquito, o “garoto da voz de ouro”, foi uma aposta para embarcar
no estrondoso sucesso de Pablito Calvo, astro-mirim de Marcelino, pão e
vinho (1955). Mojica compôs três das dez canções interpretadas por
Franquito. Meu destino em tuas mãos foi realizado com o dinheiro da
venda dos long plays de Franquito, hoje uma raridade por ser um dos
primeiros filmes a ter disco com todas as músicas lançado pela gravadora
Copacabana. O filme, apesar de ter agradado os padres, não teve
repercussão nenhum e acabou esquecido.
Algum tempo depois, o produtor Nelson Teixeira Mendes
contratou Mojica para ser ator no O diabo de Vila Velha, um bang-bang.
Como condição, o Mojica pediu para poder levar o pai, que estava muito
doente, para o Paraná, onde o filme ia ser feito. Após muitas discussões
com o diretor Ody Fraga, este veio a se afastar e Mojica assumiu a
direção filme, aonde demonstrou afinidade com o gênero faroeste, que já
havia exercitado em A sina do aventureiro e ao qual voltaria em D’Gajão
mata para vingar.
Anos 60: O Personagem Zé do Caixão
Mojica Marins criou um personagem popular sem basear-se em
nenhum mito do horror conhecido mundialmente. "Zé do Caixão", seu
personagem mais conhecido, foi criado por ele em 11 de outubro de 1963,
após ser atormentado por um pesadelo no qual um vulto o arrastava até
seu próprio túmulo. Segundo o próprio José Mojica Marins, o nome Zé do
Caixão veio de uma lenda de um ser que viveu há milhões de anos no
planeta terra que se transformou em luz e depois de anos esta luz voltou
a terra. A primeira aparição do personagem foi no filme À Meia-Noite
Levarei Sua Alma (1963). Desde então, ele apareceu em diversos filme,
ganhou popularidade e tem sido retratado em diversas outras mídias.
Embora raramente mencionada nos filmes, o nome verdadeiro Zé
do Caixão é Josefel Zanatas. Marins dá uma explicação para o nome em uma
entrevista para o Portal Brasileiro de Cinema:
"Eu fui achando um nome: Josefel –
“fel” por ser amargo – e achei também o Zanatas legal, porque de trás
para frente dava Satanás".
Zé do Caixão é um personagem amoral e niilista que se
considera superior aos outros e os exploras para atender seus objetivos.
Zé do Caixão é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não
crê em Deus ou no diabo. O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é
temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal
da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: ele
quer o pai da criança superior a partir da "mulher perfeita". Sua ideia
de uma mulher "perfeita" não é exatamente físico, mas alguém que ele
considera intelectualmente superior à média, e nessa busca ele está
disposto a matar quem cruza seu caminho.
Quanto à concepção visual do Zé do Caixão, fica evidente a
inspiração do personagem clássico Drácula (interpretado por Bela Lugosi
na versão da década de 30, dos estúdios Universal). Entretanto, Mojica
acrescentou aos trajes negros e elegantes do personagem características
psicológicas profundas e enraizadas nas tradições brasileiras. Além
disso, as unhas grandes foram claramente inspiradas no personagem
Nosferatu. Mojica Marins também afirma que a idéia do personagem surgiu
em um sonho:
"Certa noite, ao chegar em casa bem
cansado, fui jantar. Em seguida, estava meio sonolento, entre dormindo e
acordado, e foi aí que tudo aconteceu: vi num sonho um vulto me
arrastando para um cemitério. Logo ele me deixou em frente a uma lápide,
lá havia duas datas, a do meu nascimento e a da minha morte. As pessoas
em casa ficaram bastante assustadas, chamaram até um pai-de-santo por
achar que eu estava com o diabo no corpo. Acordei aos berros, e naquele
momento decidi que faria um filme diferente de tudo que já havia
realizado. Estava nascendo naquele momento o personagem que se tornaria
uma lenda: Zé do Caixão. O personagem começava a tomar forma na minha
mente e na minha vida. O cemitério me deu o nome; completavam a
indumentária do Zé a capa preta da macumba e a cartola, que era o
símbolo de uma marca de cigarros clássicos. Ele seria um agente
funerário."
De acordo com o próprio diretor/criador, Josefel Zanatas
nasceu em berço de ouro, seus pais tinham uma rede de agências
funerárias, fato que fez com que Josefel fosse uma criança muito
sozinha, pois seus colegas os discriminaram por causa da profissão de
seus pais.
Na escola era um ótimo aluno e, como não tinha amigos, fez dos
livros seus grandes companheiros. Foi na escola que conheceu Sara, uma
menina muito bonita e de boa família. Logo se tornaram grandes amigos,
não se separavam por nada. Cresceram juntos e com o passar do tempo a
amizade se transformou em amor. Decidiram que iriam se casar e mudar
para uma cidade maior onde teriam mais chances de crescer na vida. Sara
queria se casar fora do país, então tanto os pais de Sara quanto de
Josefel resolveram viajar antes para começarem os preparativos para
cerimônia.
Durante o vôo, uma tragédia acontece: o avião com os pais de
Sara e Josefel sofre um acidente e não há sobreviventes. Por causa do
luto eles decidem adiar o casamento. Em decorrência da II Guerra
Mundial, em agosto de 1943, cria-se a Força Expedicionária Brasileira
(FEB). Somente vinte e oito mil pessoas se alistaram, Josefel era um
deles e em conversa com Sara decidem juntos que só casariam quando ele
voltasse da guerra.
E assim, na noite de 30 de junho, Josefel parte para a Itália.
Durante o tempo que ficou lá, Josefel sofreu muito, e as saudades de
Sara foram aumentando depois que ele parou de receber cartas dela.
Depois que Josefel partiu para a Guerra, Sara continuou cuidando da
funerária. Sempre escrevia para ele, mas depois de muitas cartas sem
resposta, acabou concluindo que ele deveria estar morto. Como a vida não
estava fácil, Sara aceitou o convite que havia recebido do prefeito e
se casou com ele.
No dia 18 de julho de 1945, Josefel desembarca na estação de
sua cidade e percebe que a cidade está vazia e sua casa fechada.
Desesperado para encontrar Sara, decide perguntar a um bêbado onde
estavam todos. O bêbado informa que a cidade inteira estava na casa do
prefeito, pois havia uma festa para comemorar a volta dos "Pracinhas".
Chegando na festa ele encontra Sara sentada no colo do prefeito e, antes
que ela pudesse se explicar, ele saca o revólver e mata os dois.
Josefel não é condenado pelo crime pois foi alegado que ele estava
traumatizado pela guerra. Para ele não importava ser preso ou não, ele
havia perdido Sara e com ela perderia também o sentimento chamado amor.
"Josefel, que até então era um homem
doce e bondoso, se torna uma pessoa amarga e sem sentimentos. Passa
então a aterrorizar os moradores da cidade e logo recebe o apelido de Zé
do Caixão. Zé do Caixão é um homem sem crenças, não acredita em Deus
nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer
justiça. Seu objetivo é encontrar uma mulher que compartilhe seus
pensamentos e juntos tenham um filho, que possa dar continuidade à sua
espécie, que ele acredita ser superior. Para Zé do Caixão, as crianças
são os únicos seres puros, sem maldade no coração. Em busca pela mulher
superior, ele passa por cima de todos aqueles que atrapalharem seus
planos, não tem dó nem piedade e mata se for preciso. "
Sobre "À Meia Noite Levarei Sua Alma"
Por falta de um ator, pois não havia nenhum que se submetesse à
caracterização do personagem, o autor transformou-se em Zé do Caixão.
Mojica, na época, estava de barba, por causa de uma promessa de família.
Com o tempo o nome do personagem passou a confundir-se com o do próprio
autor e lhe trouxe praticamente toda sua fama. Com dificuldade, pois os
atores não confiavam nem acreditam em Mojica, ele realizou as filmagens
de À Meia Noite Levarei Sua Alma, com apenas atores de sua escola de
teatro.
O filme marca a maturidade de José Mojica Marins como diretor,
que se relaciona perfeitamente com o domínio da linguagem
cinematográfica. Em À meia-noite levarei sua alma há todo um requintado
trabalho de construção de espaços diferenciados para Zé do Caixão, e
esse é o modo como o filme logra distinguir este personagem dos outros.
Após a etapa de montagem com Luiz Elias, Mojica Marins iria
atrás do distribuidor da Bahia que havia levado A Sina do Aventureiro e
que estava em São Paulo e havia ido à Boca do Lixo. Após assistir o
filme montado, o distribuidor passou a divulgar o filme que já era tido
como um grande sucesso. Na mesma época, Mojica Marins relançou A Sina do
Aventureiro e teve um retorno lucrativo grande. Ele havia feito amizade
como um cineasta cubano que realizava filmes pornográficos e pediu a
Mojica que acrescentasse mais dez minutos de cenas mais fortes - onde
Mojica colocou algumas cenas de nudez de algumas moças. O filme foi
vendido por cerca de 20% do que havia sido gasto.
Dificuldades, Auge, Decadência e Retorno
Mojica presentou, na década de 1990, os programas Cine Trash e
Cine Sinistro, ambos na Rede Bandeirantes. Também teve seus títulos
lançados na Europa e nos Estados Unidos da América, onde participou de
mostras, festivais e recebeu prêmios. No Brasil, Mojica não conseguiu o
mesmo sucesso e reconhecimento. Existem poucos títulos de seus filmes
disponíveis no mercado, o que tornou sua obra pouco conhecida. Sua
participação na mídia se dá quase sempre de maneira cômica, fato que
teve que abraçar por necessidades financeiras.
Atualmente, tem um programa de entrevistas chamado O Estranho
Mundo de Zé do Caixão, no Canal Brasil. Zé Do Caixão tem uma filha
chamada Liz Marins, conhecida popularmente como Liz Vamp. Liz é
cineasta, poetisa, atriz, propagadora cultural e responsável pela
criação da data "Dia dos Vampiros"
(13 de agosto), um dia especial onde os aficcionados por filmes de
horror e cultura gótica se reúnem para doar sangue nos hemocentros de
São Paulo. Recentemente foi homenageado no Carnaval Carioca de 2011,e
participou do Desfile da Escola Unidos da Tijuca, Vice-Campeã.
Filmografia
Como diretor
- 1945 - A Mágica do Mágico
- 1946 - Beijos a Granel
- 1947 - Sonhos de Vagabundo
- 1948 - A Voz do Coveiro
- 1955 - Sentença de Deus (inacabado)
- 1958 - Sina de Aventureiro
- 1962 - Meu Destino em Tuas Mãos
- 1963 - À Meia-Noite Levarei Sua Alma
- 1965 - O Diabo de Vila Velha
- 1966 - Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
- 1967 - O Estranho Mundo de Zé do Caixão
- 1968 - Trilogia do Terror
- 1970 - Ritual de Sádicos
- 1971 - Finis Hominis
- 1972 - Dgajão Mata para Vingar
- 1972 - Quando os Deuses Adormecem
- 1972 - Sexo e Sangue na Trilha do Tesouro
- 1974 - A Virgem e o Machão
- 1974 - Exorcismo Negro
- 1975 - O Fracasso de Um Homem nas Duas Noites de Núpcias
- 1976 - Como Consolar Viúvas
- 1976 - Inferno Carnal
- 1976 - Mulheres do Sexo Violento
- 1977 - A Mulher Que Põe a Pomba no Ar
- 1977 - Delírios de um Anormal
- 1977 - Estranha Hospedaria dos Prazeres
- 1978 - Mundo-Mercado do Sexo
- 1978 - Perversão
- 1980 - A Praga
- 1981 - A Encarnação do Demônio
- 1983 - Horas Fatais - Cabeças Cortadas
- 1984 - A Quinta Dimensão do Sexo
- 1985 - 24 horas de sexo explícito ou 24 horas de sexo ardente
- 1986 - Dr. Frank na Clínica das Taras
- 1987 - Quarenta e Oito Horas de Sexo Alucinante
- 1994 - Demônios e Maravilhas
- 1996 - Adolescência em Transe
- 2004 - Fim (curta metragem)
- 2008 - Encarnação do Demônio
Como ator
- 1960 - Éramos Irmãos (de Renato Ferreira)
- 1966 - O Diabo de Vila Velha (Armando de Miranda e Ody Fraga)
- 1969 - O Cangaceiro Sem Deus (de Oswaldo De Oliveira)
- 1970 - O Profeta da Fome (de Maurice Capovila)
- 1977 - O Abismo (de Rogério Sganzerla)
- 1977 - O Vampiro da Cinemateca (de Jairo Ferreira)
- 1978 - A Deusa de Mármore (de Rosângela Maldonado)
- 1980 - Chapeuzinho Vermelho (de Marcelo Motta)
- 1982 - O Segredo da Múmia (de Ivan Cardoso)
- 1984 - Padre Pedro E a Revolta das Crianças (de Francisco Cavalcanti)
- 1985 - O Filho do Sexo Explícito (de Francisco Cavalcanti)
- 1986 - A Hora do Medo (de Francisco Cavalcanti)
- 1987 - As Belas da Billings (de Ozualdo Ribeiro Candeias)
- 1987 - Horas Fatais (de Francisco Cavalcanti e Clery Cunha)
- 1989 - Dama de Paus (de Mário Vaz Filho)
- 1990 - O Gato de Botas Extraterrestre (de Wilson Rodrigues)
- 1996 - Babu e a Vingança Maldita(de Cesar Nero)
- 1997 - Ed Mort (de Alain Fresnot)
- 1997 - A Filha do Pavor (de Andréa Pasquini)
- 2001 - Dr. Bartolomeu e a Clínica do Sexo (de Mário Lima e Tom Camps)
- 2001 - Tortura Selvagem - A Grade (de Afonso Brazza)
- 2004 - Um Show de Verão (de Moacyr Góes)
- 2005 - A Marca do Terror (de Ivan Cardoso)
- 2009 - A Cruz e o Pentagrama (de Cesar Nero)
Principais Prêmios e Indicações
À Meia-Noite Levarei Sua Alma- Prêmio Especial no Festival Internacional de Cine Fantástico y de Terror Sitges (Espanha), em 1973;
- Prêmio L’Ecran Fantastique para originalidade, em 1974;
- Prêmio Tiers Monde da imprensa mundial, na III Convention du Cinéma Fantastique (França), em 1974.
- Melhor ator (José Mojica Marins) e Melhor Roteiro (Rubens Lucchetti), no Rio-Cine Festival, em 1986.
- Troféu Menina de Ouro de Melhor filme de ficção por júri oficial e crítica, Melhor fotografia (José Roberto Eliezer), Melhor montagem (Paulo Sacramento), Melhor edição de som (Ricardo Reis), Melhor direção de arte (Cássio Amarante) e Melhor trilha sonora (André Abujamra e Marcio Nigro) no 1º Festival Paulínia de Cinema, em 2008;
- Melhor Diretor de Cinema (José Mojica Marins), no 2º Prêmio Quem de Cinema, 2008;
- Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Prêmio Especial de Atuação pelo Conjunto da Obra, no Prêmio de Cinema do Paraná, 2008;
- Indicação a Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante) e Efeitos Especiais (Kapel Furman, Rogério Marinho, Robson Sartori), no Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro, 2008;
- Melhor Melhor Ator (José Mojica Marins) e Melhor Direção de Arte (Cassio Amarante), tendo sido indicado a Melhor Direção (José Mojica Marins), Melhor Roteiro (Dennison Ramalho e José Moijica Marins), Melhor Atriz (Cléo de Paris), Melhor Ator Coadjuvante (Jece Valadão), Melhor Atriz Coadjuvante (Helena Ignez) e Melhor Trilha Sonora (André Abujamra e Marcio Nigro), no V Prêmio FIESP/SESI-SP de Cinema Paulista, em 2009;
- Prêmio de Melhor Fotografia (José Roberto Eliezer) e indicado a Melhor Filme, no Prêmio Contigo de Cinema;
- Segundo lugar no Fant-Asia Film Festival, na categoria de Melhor Filme Internacional, em 2009;
- Prêmio do Júri Carnet Jove do Sitges - Catalonian International Film Festival, em 2008.
- Prêmio Fantasporto por Carreira e Conjunto da Obra, em 2000.
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