
Fruto da vaga do emergente cinema espanhol e vencedor de prêmios em
Sitges International Fantastic Film Festival e Rojo Sangre, Hierro é uma
das produções mais faladas nos festivais de horror underground e um
ousado projeto espanhol que promete dar o que falar.
Inicialmente
como uma película de thriller o filme nos leva a misteriosos
desaparecimentos de crianças na Ilha de Hierro(localizada no arquipélago
das Canárias, Espanha e que emprestou o nome ao filme) com suas
paisagens vulcânicas e praias desertas que ajudaram e muito na excelente
fotografia de Alejandro Martínez. Outros pontos fortes do filme são os
efeitos sutis de Pau Costa e Raúl Romanillos e a trilha sonora de
Zacarías M. de la Riva que nos arrastam no turbilhão de emoções
descontroladas que se passam na cabeça da pobre Grace (Elena Anaya)
enquanto ela tenta separar a realidade da ilusão causada pelo
desaparecimento de seu filho. Dentre tantos trabalhos, Anaya se
caracterizou tão bem neste papel que o espectador chega quase a sentir
os temores da loucura que se apossa da personagem no decorrer da trama.

Eu particularmente só ouvira falar do diretor Gabe Ibañes nos
trabalhos Maquina e El Dia de la Bestia, mas ele já ganhou minha
admiração nas primeiras cenas do filme onde o carro de brinquedo da
primeira criança desaparecida imita com perfeição o acidente que ocorre
com o carro onde está viajando com sua mãe. Perfeito!!!
Infelizmente Hierro é um filme para poucos. Com uma estética diferente do que se considera

Quem sabe? Só assistindo para ver mais esta pérola psicológica do horror espanhol.
Título original: Hierro (2009)
Realização: Gabe Ibáñez
Argumento: Javier Gullón
Elenco: Elena Anaya, Hugo Arbues e Jon Ariño
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