
Thomas Newman propôs a fazer isso com o seu “Bong of the Dead” e foi
bem-sucedido em todos os níveis. “Bong of the Dead” acompanha a
trajetória de dois maconheiros após o apocalipse zumbi, e Newman não
está usando os zumbis aqui como metáforas socio/políticas para a
sociedade. Os zumbis de Newman são apenas isso - zumbis, e eles só
querem matar e comer os seres humanos. Não se trata de uma idéia
original já que fomos apresentados a filmes com um contexto semelhante
como “Pot Zombies” (2005) por exemplo, mas os zumbis aqui são metáforas
para zumbis mesmo e isso por si só é gratificante.
O filme abre com um meteoro caindo dentro


Mas nem tudo são flores (ou folhas!) para os nossos heróis. Tommy
descobre que o crescimento de ervas daninhas pode destruir seus
“bichinhos”, mas Edwin garante que ele tem tudo tratado. Sintetizando
um soro de super-crescimento a partir do cérebro de um zumbi morto,
Edwin faz a planta crescer na frente neles a um ritmo fantástico e com
um tamanho descomunal (sobre tudo no tamanho “da brisa” que causa!). O
único problema é que não existem zumbis no seu setor. Assim, na grande
tradição de Butch Cassidy e Sundance Kid, Bonnie e Clyde, Thelma e
Louise e Bill e Ted, os nossos "heróis" decidem pular fora da zona de
perigo para arrebanhar alguns cérebros frescos de zumbi. Para estes dois
casa, ver a cara de violentos zumbis famintos é melhor do que enfrentar
a visão de uma plantação sem futuro, e ainda por cima, caretas.
Thomas Newman conseguiu realizar um
trabalho
muito legal com seus personagens. Se você está procurando um filme
sério sobre zumbis pode procurar em outro lugar. “Bong of the Dead” é
necessáriamente um horror-comédia. Está mais para uma história em
quadrinhos e claramente que existe um monte de comédia, mas o horror
gore também é demonstrado com a mesma eficiência com que Peter Jackson
produziu o seu clássico “Fome Animal”.

Thomas Newman conseguiu realizar um

Mas nem só de zumbis apodrecidos e heróis chapadões que o filme é feito. Temos também a participação da deliciosa Simone Bailly
(“Killer Instinct” e “Seeking Fear”, ambos de 2005), que interpreta a
personagem Leah Kroaker. Leah mora sozinha em um bar situado nas “zonas
de perigo” e tem acesso a qualquer ferramenta ou armamento e após uma
conturbada apresentação, Leah concorda em ajudar os “usuários” a
encontrarem alguns zumbis. Outra parte digna de nota é sobre o
equipamento Caça-Zumbis criado pela gangue. Lembram da cena do filme
“Fome Animal” em que o protagonista entra na festa-zumbi com um cortador
de grama? Agora basta multiplicar toda aquela carnificina por 100!

Para um filme de baixo orçamento tanto os efeitos quanto as maquiagens
são impressionantes e prova assim como o nosso clássico “Mangue Negro”
que nem sempre é preciso ter muito dinheiro para se realizar grandes
filmes. Existe até uma cena onde uma mangueira de incêndio pulveriza
mais de 800 litros de sangue. Newman é um cineasta talentoso e tem
“entregado a sua alma” ao seu projeto por vários anos. O filme custou $
5.000 e o próprio diretor acabou por ocupar as cadeiras de escritor,
compositor, editor, diretor de arte, efeitos especiais e de maquiagem e
como um dos produtores.
As únicas coisas negativas que ouvi falar sobre “Bong of the Dead” foi que a trilha
sonora parece conferir uma espécie de sensação dublada e que existem
também alguns pontos onde o filme parecia se arrastar um pouco mais do
que o necessário e que teria sido mais beneficiado se fizesse mais uma
rodada na sala de edição. Fora estes pequenos detalhes “Bong of the
Dead” tem tudo para “fazer a cabeça” dos espectadores de filmes de
horror mais exigentes (sendo eles caretas ou não) e a única preocupação
seria o fato do surgimento de alguma “larica” por carne humana após o
término do filme.

Se você se interessou pelo trabalho de Thomas Newman e quer saber como
conseguir seu exemplar de “Bong of the Dead” recheado de informações e
Making Of acesse o site do filme e lembre-se: “THERE WILL BE BUD!!!”
FONTE: Anything Horror
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