Boa
parte dos filmes de zumbis versam sobre algum fator
político/socio/ecológico de acordo como manda a cartilha do “padrinho
dos mortos-vivos” George Romero, mas uma porcentagem aperta o botão
FODA-SE e parte apenas com o intuito de entreter os fãs do gênero. Como
fundamento disso temos como exemplo “Shawn of the Dead”, “Fido”, “Zombie
of Mass Destruction” e “Zombieland”, que liberam a sanguêra desmorta
com muito bom humor, mas o que acontece quando este processo é ampliado?
Thomas Newman propôs a fazer isso com o seu “Bong of the Dead” e foi
bem-sucedido em todos os níveis. “Bong of the Dead” acompanha a
trajetória de dois maconheiros após o apocalipse zumbi, e Newman não
está usando os zumbis aqui como metáforas socio/políticas para a
sociedade. Os zumbis de Newman são apenas isso - zumbis, e eles só
querem matar e comer os seres humanos. Não se trata de uma idéia
original já que fomos apresentados a filmes com um contexto semelhante
como “Pot Zombies” (2005) por exemplo, mas os zumbis aqui são metáforas
para zumbis mesmo e isso por si só é gratificante.
O filme abre com um meteoro caindo dentro
do quintal de Victor (Vince Laxton, que ficou bastante parecido com o
lutador Hulk Hogan). Victor ignora o lema do manual "o que não fazer
quando um meteoro arrebenta seu quintal" e toca o interior da pedra
espacial parcialmente quebrada. Horas mais tarde, o velho Victor começa a
se transformar. Depois que sua esposa lhe traz o jantar ela descobre
que ele tem outras idéias para uma refeição rápida e numa cena muito
nojenta assistimos marido e mulher sentados no sofá ao desfrutarem de
uma “buchada” quente na frente da TV. Esta é uma cena que você não vai
esquecer tão cedo, e, como mencionado, isso é tudo antes dos créditos
iniciais do filme!
Após
os créditos, que se parecem com uma velha história em quadrinhos da
E.C. que ganha vida, avançamos seis meses no futuro e conhecemos Edwin
(Mark Wynn) e Tommy (Jy Harris), dois maconheiros que realmente não
parecem muito preocupados em saber que eles estão vivendo no meio de um
apocalipse zumbi. Ao contrário de outros filmes onde o governo é
completamente inútil, aqui ele conseguiu dar a volta por cima e despejar
todos os zumbis em áreas designadas "zonas de perigo", bem longe das
cidades maiores. Isto permite que Edwin e Tommy possam realizar sua
paixão de todo o coração ... que é fumar maconha. Lotes de maconha. É
sério mesmo quando quero dizer um monte de maconha.
Mas nem tudo são flores (ou folhas!) para os nossos heróis. Tommy
descobre que o crescimento de ervas daninhas pode destruir seus
“bichinhos”, mas Edwin garante que ele tem tudo tratado. Sintetizando
um soro de super-crescimento a partir do cérebro de um zumbi morto,
Edwin faz a planta crescer na frente neles a um ritmo fantástico e com
um tamanho descomunal (sobre tudo no tamanho “da brisa” que causa!). O
único problema é que não existem zumbis no seu setor. Assim, na grande
tradição de Butch Cassidy e Sundance Kid, Bonnie e Clyde, Thelma e
Louise e Bill e Ted, os nossos "heróis" decidem pular fora da zona de
perigo para arrebanhar alguns cérebros frescos de zumbi. Para estes dois
casa, ver a cara de violentos zumbis famintos é melhor do que enfrentar
a visão de uma plantação sem futuro, e ainda por cima, caretas.
Thomas Newman conseguiu realizar um
trabalho
muito legal com seus personagens. Se você está procurando um filme
sério sobre zumbis pode procurar em outro lugar. “Bong of the Dead” é
necessáriamente um horror-comédia. Está mais para uma história em
quadrinhos e claramente que existe um monte de comédia, mas o horror
gore também é demonstrado com a mesma eficiência com que Peter Jackson
produziu o seu clássico “Fome Animal”.
“bichinhos”, mas Edwin garante que ele tem tudo tratado. Sintetizando
um soro de super-crescimento a partir do cérebro de um zumbi morto,
Edwin faz a planta crescer na frente neles a um ritmo fantástico e com
um tamanho descomunal (sobre tudo no tamanho “da brisa” que causa!). O
único problema é que não existem zumbis no seu setor. Assim, na grande
tradição de Butch Cassidy e Sundance Kid, Bonnie e Clyde, Thelma e
Louise e Bill e Ted, os nossos "heróis" decidem pular fora da zona de
perigo para arrebanhar alguns cérebros frescos de zumbi. Para estes dois
casa, ver a cara de violentos zumbis famintos é melhor do que enfrentar
a visão de uma plantação sem futuro, e ainda por cima, caretas.
Thomas Newman conseguiu realizar um
trabalho
muito legal com seus personagens. Se você está procurando um filme
sério sobre zumbis pode procurar em outro lugar. “Bong of the Dead” é
necessáriamente um horror-comédia. Está mais para uma história em
quadrinhos e claramente que existe um monte de comédia, mas o horror
gore também é demonstrado com a mesma eficiência com que Peter Jackson
produziu o seu clássico “Fome Animal”.
Mas nem só de zumbis apodrecidos e heróis chapadões que o filme é feito. Temos também a participação da deliciosa Simone Bailly
(“Killer Instinct” e “Seeking Fear”, ambos de 2005), que interpreta a
personagem Leah Kroaker. Leah mora sozinha em um bar situado nas “zonas
de perigo” e tem acesso a qualquer ferramenta ou armamento e após uma
conturbada apresentação, Leah concorda em ajudar os “usuários” a
encontrarem alguns zumbis. Outra parte digna de nota é sobre o
equipamento Caça-Zumbis criado pela gangue. Lembram da cena do filme
“Fome Animal” em que o protagonista entra na festa-zumbi com um cortador
de grama? Agora basta multiplicar toda aquela carnificina por 100!
Além
dos nossos heróis, Newman também criou uma subtrama sobre um zumbi
chamado Alex que está construindo um exército de mortos-vivos para
acabar com os bolsões remanescentes da humanidade e que é brilhantemente
interpretado por Barry Nerling. O personagem de Barry Nerling promete
arrancar exclamações na mesma violência com que os zumbis arrancam
tripas quando decide dar um “upgrade” em seu corpo decomposto...
Para um filme de baixo orçamento tanto os efeitos quanto as maquiagens
são impressionantes e prova assim como o nosso clássico “Mangue Negro”
que nem sempre é preciso ter muito dinheiro para se realizar grandes
filmes. Existe até uma cena onde uma mangueira de incêndio pulveriza
mais de 800 litros de sangue. Newman é um cineasta talentoso e tem
“entregado a sua alma” ao seu projeto por vários anos. O filme custou $
5.000 e o próprio diretor acabou por ocupar as cadeiras de escritor,
compositor, editor, diretor de arte, efeitos especiais e de maquiagem e
como um dos produtores.
As únicas coisas negativas que ouvi falar sobre “Bong of the Dead” foi que a trilha
sonora parece conferir uma espécie de sensação dublada e que existem
também alguns pontos onde o filme parecia se arrastar um pouco mais do
que o necessário e que teria sido mais beneficiado se fizesse mais uma
rodada na sala de edição. Fora estes pequenos detalhes “Bong of the
Dead” tem tudo para “fazer a cabeça” dos espectadores de filmes de
horror mais exigentes (sendo eles caretas ou não) e a única preocupação
seria o fato do surgimento de alguma “larica” por carne humana após o
término do filme.
sonora parece conferir uma espécie de sensação dublada e que existem
também alguns pontos onde o filme parecia se arrastar um pouco mais do
que o necessário e que teria sido mais beneficiado se fizesse mais uma
rodada na sala de edição. Fora estes pequenos detalhes “Bong of the
Dead” tem tudo para “fazer a cabeça” dos espectadores de filmes de
horror mais exigentes (sendo eles caretas ou não) e a única preocupação
seria o fato do surgimento de alguma “larica” por carne humana após o
término do filme.
Se você se interessou pelo trabalho de Thomas Newman e quer saber como
conseguir seu exemplar de “Bong of the Dead” recheado de informações e
Making Of acesse o site do filme e lembre-se: “THERE WILL BE BUD!!!”
FONTE: Anything Horror





































0 comentários: